Freud
explica que o sentimento
oceânico: (sem
barreiras ou limites), ou ainda, sensação
de eternidade,
gerada pela religião, é um fato puramente subjetivo, sendo o mesmo
sentimento que o eu experimenta nas preliminares da sua formação,
enquanto é um eu de prazer. Sendo fons
et origo (fonte
e origem) das necessidades religiosas
Assim, relacionando a religiosidade do homem a sua necessidade de
sentir-se protegido como era quando criança, Freud analisa as
religiões enquanto ilusões e como meios de negar o perigo provindo
do mundo exterior.
Freud esboça uma descrição não cientifica desse sentimento, e
enfatiza a dificuldade em trata-lo sob uma caracterização
cientifica. Restando-lhe apenas uma descrição ideativa do
sentimento, expressa acima.
Até
que o desenvolvimento da criança instaure um principio
da realidade,
ela aprendera a distingui o que proveniente de si mesmo e o que advém
do mundo. Essa distinção se desenvolve na medida em que também se
desenvolve um mecanismo de defesa contra as sensações de desprazer,
as quais ameaçam o eu.
Primeiramente o eu contem tudo de que precisa e não se distingue do
mundo exterior. Após seu desenvolvimento, ele segrega de si mesmo o
mundo exterior.
O
sentimento
oceânico
apenas conserva essa ligação do eu consigo mesmo. Provando a
sobrevivência do originário ao lado do posterior que dele se
formou. Freud lembra que na vida psíquica nada se perde. Cit: “Na
vida psíquica nada do que uma vez se formou pode perecer, de que
tudo permanece conservado de alguma forma e pode ser trazido a luz
novamente sob condições apropriadas.” (p.
50).
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