Sigmund
Freud aguça o tema do conflito entre Eros e Morte, fala sobre ambos
e mostra a luta entre eles no desenvolvimento cultural da humanidade.
Freud
começa citando o dito do filósofo-poeta Schiller de que fome e o
amor mantém coeso o mecanismo do mundo. A fome, nós diz Freud,
conserva o individuo, o amor, por outro lado anseia por objetos: a
autoconservação e as exigências da libido.
Freud
escreve que em sua obra Alem
do principio do prazer
está demonstrado que no individuo residiria uma força da vida e uma
força oposta que se esforça para reduzir a vida ao seu estado
primordial, inorgânico. Além de Eros, portanto, um impulso de
morte: tal impulso se mostra um impulso de agressão ao mundo
exterior e de destruição.
No
sadismo e no masoquismo o impulso de morte é expresso. No sadismo o
impulso de morte ligado ao erotismo relaciona-se com Eros e está
ligado ao gozo narcísico.
Sobre
a relação da cultura com Eros, Freud escreveu: ”Acrescentamos
que a cultura é um processo a serviço de Eros, que deseja reunir
indivíduos humanos isolados, depois famílias, então tribos, povos
e nações em uma grande unidade, a humanidade”.( p.
141)
Já
sobre o impulso de morte, ele registra: “Esse
impulso agressivo é o derivado e principal representante do impulso
de morte que encontramos ao lado de Eros, e que divide com este o
domínio do mundo”. (p.
142)
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