quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

(Sessão psicanálise) Resumo de O mal estar na cultura, de Sigmund Freud (PARTE FINAL)

Freud pede desculpas por não ter sido mais competente ao esboçar suas ideias e retoma questões discutidas em seu ensaio.
Apontando mais uma vez para o sentimento de culpa, ele afirma que se trata do problema mais importante no desenvolvimento cultural, e demonstra que o preço do progresso cultural é pago com a perda de felicidade devido a intensificação do mesmo sentimento. Esse é, segundo Freud, o resultado final da sua investigação.
Freud fala na existência de um sentimento de culpa inconsciente, e diz que tal tipo de sentimento de culpa é mais comum. Além disso, afirma que o mesmo sentimento é uma variante da angustia.
Sobre a relação da religião com o sentimento de culpa, ele diz: “As religiões, pelo menos, nunca ignoraram o papel do sentimento de culpa na cultura [...] Elas inclusive tem a pretensão, o que não apreciei em outra parte, de redimir a humanidade desse sentimento de culpa, que chamam de pecado” (p. 166).
Freud esclarece o significado do termo supereu dizendo que ele se refere a uma instancia inferida por nós; esclarece também que a consciencia moral é uma função que, entre outras, lhe atribuímos, e que tem de vigiar e julgar os atos e as intenções do eu, ela exerce, assim, uma atividade censora; já o sentimento de culpa, chamado de rigor do supereu, é a mesma coisa que a severidade da consciência moral, é, assim, a percepção reservada ao eu de ser vigiado dessa maneira: a avaliação da tensão entre suas aspirações e as exigências do supereu, chamado, inclusive, de sádico.
6. Além da formula “Eros e impulso de morte” caracterizar o processo experimentado pela humanidade, ela é também relacionada com o desenvolvimento do individuo, e, segundo Freud, teria revelado o segredo da vida orgânica.
Relembrando a meta principal no desenvolvimento do individuo, Freud diz que ela consiste no programa do principio do prazer, que se baseia em obter satisfações que proporcionem felicidade. Desse modo, a aspiração do individuo é egoísta ou de felicidade. Sendo que também pode ser altruísta, já que é membro de uma comunidade, e é chamada por Freud de cultural.
Freud fala da existência de um supereu cultural, massificado. Da mesma forma do supereu individual, o supereu cultural impõe exigências as massas, sendo a ética uma dessas exigências.
Para Freud, a questão decisiva da espécie humana é a de saber em que medida o seu desenvolvimento cultural será bem sucedido em dominar o obstáculo a convivência representado pelos impulsos humanos de agressão e de autoaniquilação.
Quem ganhará? Eros ou morte? Freud termina seu ensaio com essa questão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário