sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Resumo de Meditações Metafísicas, de René Descartes
O livro I do Meditações metafísicas de René Descartes, começa com uma introdução esclarecendo sua dúvida hiperbólica. (põe em duvida todas as coisas) inclusive seus sentidos. Usa como exemplo um sonho. Isto para demonstrar que é enganado pelos sentidos. E para duvidar se está de fato, dormindo, quando esta acordado. Fala-se em Deus. Crença que irá dá lugar a sua crença no gênio malígno: Sujeito ardiloso que empenha toda sua indústria em enganá-lo.
No segundo livro: "Da natureza do espírito humano, e de como ele é mais fácil de conhecer do que o corpo", ele reafirma seu caminho da dúvida sistemática. Atentemos para o trecho: " Serei de tal modo dependente do corpo que não possa existir sem ele? Mas eu me persuadi de que nada existia no mundo, que não havia nem céu, nem terra, espíritos alguns, nem corpos. Não me persuadi, portanto, de que eu não existia? Certamente não, eu existia sem dúvidas. Se é que me persuadi, ou apenas, pensei alguma coisa. A seguir, Descartes afirma que é: " Eu sou, eu existo".
Ao passar pelos atributo da alma, Descartes percebe, nesta meditação, que o pensamento é o único atributo que possui, e distingui o que é conhecimento e o que é imaginação. A experimentação com o pedaço de cera separa entendimento de imaginação.
Na terceira Meditação, " De Deus, que ele existe". Após ignorar seus sentidos e considerar apenas o seu interior, Descartes delimita seus modos de pensar. Suas ideias são verdadeiras na medida em que são possíveis. As vontades e as afecções são aptas para a falsidade. No trecho: Mas há ainda uma via para pesquisar, se dentre as coisas as quais tenho em mim, exista alguma fora de mim." Desta forma, Descartes busca fora dele algo que o tenha causado, e encontra na ideia de substância uma representação da ideia de Deus em realidade formal." Pois de onde o efeito pode tirar sua realidade senão de sua causa? Uma das provas de Deus está em: "Eu não teria em mim a ideia de substância infinita, eu, que sou um ser finito, se não tivesse sido colocada em mim, a ideia de um ser infinito. Dando uma nova roupagem ao ate então argumento ontológico de S. Anselmo, que irá aparecer mais uma vez na meditação n°5.
Na quarta meditação, "Do verdadeiro e do falso". Descartes fala do erro como efeito de algo infinito nele: A vontade." A saber, somente de que, sendo a vontade muito mais ampla e extensa do que o entendimento, eu não o contenho em mim nos mesmos limites, mas estendo-a, também, as coisas as quais eu não entendo. Descartes defende que Deus não é responsável pelos nossos erros, mas que a vontade, não-aliada ao entendimento o é. A vontade não conhece limites. Vontade sem discernimento é energia sem direcionamento. O entendimento é então a luz natural, limitada.
Na quinta meditação, Descartes fala da essência de Deus e da sua existência como sendo duas coisas inseparáveis. Pois a ideia da sua perfeição implica sua existência (argumento ontológico). Essa é a prova de Deus apresentação na 5ª Meditação.
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